Ninguém nasce cristão. Nem se torna cristão naturalmente.
Ninguém nasce cristão. Nem se torna cristão naturalmente.
Deve haver um tempo, um momento, uma tomada de decisão que torna nítida a experiência de conversão: um antes e um depois.
Só que Deus não é um ídolo que funciona sob o julgo das nossas expectativas de felicidade e bem-estar, que elimina perdas e frustrações. Elas sempre existirão.
O contrário da fé não é a descrença. É a idolatria. De coisas, pessoas ou realidades na filosofia do "umbiguismo", de colocar-se como centro e cultivar relações meramente interesseiras.
Deus não pensa na lógica capitalista. Não obedece ao "deus mercado". Não procede o "se dou oferta = ganho bênção" ou "se obedeço = ganho proteção".
O nome disso é "meritocracia" e pra Deus isso não faz o menor sentido. Nem deveria fazer para nós. É constrangedor para mentes mais cheias de certezas, mas Deus não tem obrigações conosco.
Deus não quer ter "controle" sobre nós, nem sobre nossas vidas. Preferiu nos dar liberdade para aceitá-Lo, se quisermos e até quando quisermos. Pede-nos tudo e dá-nos tudo. Mas se encaramos isso como negociação, tempo perdido.
Nossa vida dedicada a Deus frutificará, dará frutos na Igreja, assembleia dos irmãos e irmãs. Mas precisamos entender que não é a Igreja que tem uma missão. A Missão é que tem uma Igreja. Ou várias.
Deus é comunhão, força e movimento. É seu Espírito que renova todas as coisas, do nascer ao pôr-do-sol. Daquilo que morre e daquilo que renasce. Simplesmente não há, de nossa parte, nenhum direito a reclamar-Lhe algo. Supliquemos-Lhe, apenas, centelhas desse Espírito.
É fantástico como Jó alcançou tal grau de compreensão de tudo isso. Por isso, com ele digamos:
- "Deus me deu. Deus me tirou. Louvado seja Deus".
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