Você não é só minha namorada. Você é o amor da minha vida.

Delena & Zé
Quando digo que “você não é minha namorada” queria que você entendesse como algo bom. Você já sabe, confesso certa rejeição pela manipulação capitalista dessa data que também é dia de São Valentín. Não suporto a ideia de indexar meu afeto a uma compra que foi inventada pra “aquecer o mercado”. Não aguento a lógica consumista.

Fora esse motivo que seria suficiente, há mais.

Aprendi, nas estradas da vida, que outros idiomas são mais ricos pra definirem os estágios dos relacionamentos. O “namoro” nestas línguas simbolizam o estágio do relacionamento em que o casal “inspira amor”, mas não passam de um compromisso temporário e condicionado a certa conveniência adolescente.

Na língua portuguesa começaram a aparecer termos específicos pra dar maior precisão ao que ocorre com os casais de hoje. Outro dia, por exemplo, vi uma conhecida nossa dizer o seguinte no facebook: 

“Sei que já sou uma mulher adulta e talvez “ultrapassada”, mas ainda acredito nas fases da relação afetiva: paquerar, ficar, namorar, noivar, casar ... Penso que não existe tempo exato para cada fase, mas acho que elas precisam ser vivenciadas”.

Sem querer, ela iluminou um pouco do que tento dizer nestas mal-traçadas linhas. Foi importantíssimo que nós tivéssemos vivenciado nossas fases. Ficar com você 4 dias, um carnaval inteirinho, foi mais que curtição, foi empolgante. O namoro, então, foi maravilhoso, entusiasmantes 4 anos. Mas passou. Você é muito mais importante pra mim hoje do que na época em que ficamos e namorávamos. Nossos vínculos, de já quase 20 anos, deixaram de ser só físicos e lúdicos. Agora são carnais e eternos. 

Me dei por inteiro e te pedi, te recebi como esposa, mulher, confidente, suporte, enfim. A menina – toda boa – por quem me apaixonei continua aí, mas agora ocupa um lugar muito mais importante do que os hormônios da paixão (que só duram até 2 anos, no máximo) são capazes de alcançar.

Meu projeto de vida é te fazer feliz todos os dias. 

E não poderia falhar logo hoje. Mesmo sob “protexto”. 

Te amo. Muito & Sempre.

Salvador, 12 de junho de 2013.

P.s.: Não sei se consegui ser romântico como você gostaria. Mas não vou deixar de tentar.

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