A importância do Ensino Religioso como componente curricular

Capto a compreensão do ER como potente subsidiador de artefatos de leitura da realidade. Trata-se de um componente curricular que - situado no corpo das ciências humanas - é capaz de aproximar processos coletivos sem perder de vista as experiências particulares, dado que tocamos sensivelmente a pessoal dimensão da "fé". Essa confissão individual de um Símbolo de Fé norteia o comportamento moral e percepções de ética de milhões de indivíduos, conforme suas opções de adesão.

Um exemplo: O acontecimento que marcou efetivamente a virada do milênio parece ter sido o atentado terrorista às torres gêmeas em Nova Iorque. Mesmo num contexto de antipatia política do mundo muçulmano frente aos EUA, seria improvável que - sem motivações religiosas - meia dúzia de abnegados suicidas se prestassem a elaborar um plano tão complexo e destrutivo. Como toda ação religiosa, sabiam que feririam o coração simbólico do império americano, sem que efetivamente o destruíssem por completo. Buscavam "inspirar" outros milhões, talvez.

Por trás disso tudo está, obviamente, uma interpretação caolha e infeliz da religiosidade. O que só reforça a absoluta necessidade de elaboração da experiência religiosa através do contato sistemático e curricular proporcionado no ambiente escolar. Nesse espaçotempo, sim, é possível subsidiar os estudantes de informações, conhecimentos, saberes e con-vivências que os habilitem assumirem pessoal e coletivamente uma postura, independente de credo, humanista e humanizadora.

Um prato cheio para o aprender a aprender, aprender a fazer, aprender a conviver e aprender a ser. 

Na raça e na paz Dele,
J. Braga.

P.s.: Postagem realizada em curso EaD sobre Matriz Curricular do ER.

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