Depoimentos da Missão Marista de Solidariedade 2012 - Daiane Oliveira


Ela disse: "Tá tiraando foto!", numa alegria só!
Quando a gente ouve a palavra Missão, parece coisa de super herói, envolvendo algo importante, porém repleto de obstáculos quase impossíveis de serem vencidos. Do cinema para a vida, no entanto, a palavra Missão, e no caso específico da Missão Marista de Solidariedade, longe de ser algo de super herói, é algo de quem compartilha o quão frágil é o ser humano, e de como precisamos cuidar um do outro. Certamente envolve obstáculos, mas o mais difícil de todos, que é a incapacidade disseminada pelo sistema competitivo de se importar com o próximo, logo vencemos.

Ir à Várzea do Poço é se colocar a caminho de todos os lugares que precisam do nosso cuidado. Não podemos estar em todos eles, ao mesmo tempo, nem mesmo resolver todos os problemas do mundo, entretanto uma ação como esta, imbuída de gratuidade, fraternidade, e amor, reverbera em todos os lugares, em todas as pessoas. Não duvidemos disso.

Durante a Missão Marista, em Várzea, doamos um pouco de nós, encantados, ganhamos olhares, abraços, palavras, Histórias, lágrimas e risos, lições de sabedoria, como quando uma senhora disse que o pé de laranja morto pela falta de chuva, seria replantado por ela, pois assim é a vida. Encantamos-nos, também, com a criatividade e inteligência das pessoas, como nos versos de cordel feito pelos alunos de uma das oficinas: nestes períodos de estiagem, dizem que o mal é a seca, mas o mal é a desigualdade, disso nós temos certeza.

Finalmente, muitos vivem com tão pouco, neste planeta, por isso o “pouco” que podemos oferecer, como algumas horas do nosso dia, alguns dias da nossa vida, deve ser visto como um acréscimo na nossa humanidade, ainda conceito tão abstrato, distante de caracterizar o mundo. Precisamos, pois, permitir ao nosso “eu” se prolongar no “outro”, tecer novas manhãs, com diria e sonhou o poeta, e assim cumprir uma grande e bela missão, como esta.

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