Diário de um líder

- Eu sou um líder!

Dito assim, na lata, parece arrogante, não é? Afinal, quem é esse sujeito que está “se achando”? Costumo dizer que “a ocasião faz o líder”. A questão da liderança não está restrita ao mundo dos negócios, às forças armadas, ao time de futebol ou a outros empreendimentos que exigem que alguém comande alguém. Aliás, a coisa começa aí: “comandar” tem muito pouco a ver com “liderar”. “Influenciar” é o termo ideal.

Liderança é atributo natural. Mesmo que você passe a vida toda como um humilde empregado recebendo ordens do chefe, talvez um dia você se case e constitua família, e então se verá sendo o líder de sua família, de seus filhos. Promovendo uma festinha de aniversário, arrecadando dinheiro para as vítimas da enchente, organizando um bolão ou uma rifa, convidando a turma para ir pra balada ou simplesmente para jogar uma pelada no sábado pela manhã, todos esses momentos exigem alguém para exercer a função de liderança.

Algumas pessoas dão a impressão de que nascem preparadas para serem líderes, outras não. Mas todas tem o potencial para liderar. A questão é como fazer para destravar esse potencial. E nada melhor que começar com um pouco de teoria, definindo o que é essa coisa chamada liderança: “Liderança é a habilidade de inspirar e provocar as pessoas a fazer acontecer.” Em mais de 30 anos de carreira liderando equipes, vi gente sair lá de baixo para atingir o topo e vi gente sair do topo para rolar ladeira abaixo. Mas se em todos os momentos a capacidade de liderar foi preponderante, a lição mais importante talvez tenha sido a mais singela: a capacidade de avaliar se quem lidera você está servindo como guia, alavanca e suporte ao mesmo tempo.

Sempre brinco com os jovens que vem me pedir conselho, usando o termo “chefe” com alguma ironia:

- No fim das contas, só uma pessoa pode prejudicar sua carreira: o seu chefe. É ele quem tem o poder de elevar ou derrubar, de inspirar ou frustrar, de provocar ou desmotivar, de instigar ou conformar. Por isso, fique de olho nele. Decidir rapidamente se vale a pena investir seu tempo, energia e esforços em seu chefe é um dos principais parâmetros para quem quer construir uma carreira bem sucedida. Se seu chefe é um pocotó, caia fora. Mude de área, de emprego, de cidade, de país. Fuja do medíocre!

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