Ceticismo e fé num ônibus escolar Guadalajara - Maurício Stycer
Sábado, 8h da manhã. O ônibus escolar, caindo aos pedaços, se prepara para sair do centro de imprensa dos Jogos Pan-Americanos de Guadalajara. O destino é o Santa Sofia Golf Club, a uma hora de distância, onde vai ocorrer uma das etapas do Concurso Completo de Hipismo.
O ônibus está cheio de repórteres, fotógrafos e voluntários. Estes últimos cumprem diferentes funções nos Jogos, em troca apenas de um uniforme, lanche e uma credencial que os habilita a circular por alguns lugares.
Um fotógrafo argentino, nos seus 40 anos, percebe que há uma compatriota sua entre os voluntários. Ele parece muito surpreso com o fato de uma argentina, na faixa dos 20, deixar a sua casa para trabalhar de graça em Guadalajara.
O mau humor do fotógrafo contrasta com a alegria da voluntária em todos os momentos da conversa. A melhor parte do diálogo foi o início, que provocou gargalhadas gerais em quem ouvia:
Ele: O que você está fazendo aqui?
Ela: Sou voluntária.
Ele: Voluntária??? Aqui??? Em Guadalajara???
Ela: É.
Ele: Não é possível!!!
Ela: Tem um sentido.
Ele: A morte???
Ela (risos): Não. Faço parte de um projeto missionário.
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Na raça e na paz Dele,
J. Braga.
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