É muito imposto, meu Deus!
Não sei você. Mas o que meu salário é corroído por imposto não tá no gibi. Depois que li esse texto quase que escrevo pra Dilma colocar a reforma tributária urgente em votação na Câmara e Senado. Deu um desespero...a gente tem que fazer alguma coisa! Sem ressentimento passivo. Só participação ativa mudará isso!
O importômetro - Luciano Pires
A Associação Comercial de São Paulo instalou no centro financeiro da cidade um grande placar luminoso chamado Impostômetro. O placar mostra em tempo real a quantidade de dinheiro arrecadada em impostos no país. No dia 13 de setembro de 2011 chegou à marca de R$ 1 trilhão no ano. Quer ver quanto é um trilhão? É isto: R$ 1.000.000.000.000,00...
A marca foi atingida 35 dias mais cedo que em 2010, indicando aumento de velocidade na arrecadação. Estimativas calculam que o brasileiro trabalha cerca de 150 dias por ano apenas para pagar impostos.
Um material que circula pela internet, chamado CARREGANDO O ELEFANTE, tem um raciocínio interessante logo na abertura:
Digamos que você receba de salário R$ 5 mil por mês.
Impostos como o de Renda e o INSS, levarão 35% para o governo. Restarão R$ 3.250,00 que você usará para comprar os produtos e serviços que precisa e sobre os quais tornará a pagar impostos. O IBPT - Instituto Brasileiro de Planejamento Tributário elaborou uma tabela mostrando quanto pagamos de impostos quando compramos alguns produtos. É bom saber:
Impostos como o de Renda e o INSS, levarão 35% para o governo. Restarão R$ 3.250,00 que você usará para comprar os produtos e serviços que precisa e sobre os quais tornará a pagar impostos. O IBPT - Instituto Brasileiro de Planejamento Tributário elaborou uma tabela mostrando quanto pagamos de impostos quando compramos alguns produtos. É bom saber:
Produtos alimentícios básicos: Carne bovina, 18,63%. Frango, 17,91%. Peixe, 18,02%. Sal, 29,48%. Trigo, 34,47%. Arroz, 18%. Óleo de soja, 37,18%. Farinha, 34,47%. Feijão, 18%. Café, 36,52%. Açúcar, 40,4%. Leite, 33,63%. Macarrão, 35,20%. Biscoito, 38%.
Passagens aéreas, 8,65%. Transporte rodoviário interestadual de passageiros, 16,65%; transporte urbano, 22,98%. Medicamentos, 36%. Conta de água, 29,83%. Conta de luz, 45,81%. Conta de telefone, 47,87%. Cigarro, 81,68%. Gasolina, 57,03%. Achocolatado, 37,84%. Ovos, 21,79%. Frutas, 22,98%. Detergente, 40,50%. Sabão em pó, 42,27%. Desinfetante, 37,84%. Água sanitária, 37,84%. Sabonete, 42%. Shampoo, 52,35%. Condicionador, 47,01%. Desodorante, 47,25%. Aparelho de barbear, 41,98%. Papel Higiênico, 50%. Pasta de dentes, 42,00%.
Material escolar. Caneta, 48,69%. Lápis, 36,19%. Borracha, 44,39%. Papel sulfite, 38,97%. Mochilas, 40,82%. Régua, 45,85%. Pincel, 36,90%.
Bebidas. Água, 45,11%. Cerveja, 56%. Cachaça, 83,07%. Refrigerante, 47%.
Digamos que você precise de R$ 2.000,00 para cobrir esses gastos básicos. Desse valor, em média 40% serão impostos: R$ 800,00. Os produtos e serviços propriamente consumirão R$ 1.200,00. Daqueles R$ 3.250,00 restaram R$ 1.250,00...
É desse dinheiro que você terá que tirar escola, saúde, transporte e outros serviços que o governo deveria entregar em troca dos impostos pagos, mas que não entrega ou entrega com um nível de qualidade horroroso, obrigando você a buscar em outras fontes por sua conta. Em média, você gastará mais R$ 1.200,00.
Resumindo: dos R$ 5.000,00 que você recebeu pelo seu trabalho, R$ 2.550,00 foram para Impostos, R$ 1.200,00 para serviços que o governo deveria proporcionar, R$ 1.200,00 em produtos e serviços que você precisa para viver e R$ 50,00 restaram para você torrar com mulheres, bebidas e jogo.
Mas aguarde. Vem aí uma nova CPMF.
Como anda seu importômetro?
Luciano Pires
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Na raça e na paz Dele,
J. Braga
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