Cinco gerações contemporâneas. Uma descrição

Em menos de 70 anos, cinco gerações deixaram suas marcas na sociedade contemporânea, ditaram tendências, costumes, mudaram comportamentos, sempre tentando definir uma identidade. Hoje, elas convivem e se “reinventam” a partir de um novo paradigma: a tecnologia. Conhecidas como Y e Z, as gerações do momento são multitarefas, nasceram com o boom tecnológico e não concebem a vida sem a internet. Tais comportamentos causam “estranhamento” aos antecessores, geram conflitos e aproximações. Buscando uma melhor compreensão de como esssas gerações se relacionam e lidam com as novidades tecnológicas, a IHU On-Line conversou com especialistas atentos ao comportamento da juventude.

Por: IHU On-Line

Autor do livro Geração Y – O nascimento de uma nova versão de lí­deres, o consultor Sidnei Oliveira acredita que o “convívio destas cinco gerações já é, em si, um fato novo”. Para ele, a explosão tecnológica terá maior impacto na maneira como os jovens se relacionam com o trabalho. “As pessoas irão mesclar o trabalho com a vida pessoal e buscarão exercer um pouco mais da vida pessoal no ambiente profissional. Essa talvez seja a grande transformação que veremos nos próximos anos”, prevê.

Na mesma perspectiva, a psicóloga e professora de Gestão da Unisinos, Patrícia Fagundes, salienta que o atual conceito de liderança também será alterado em função do comportamento dos jovens. “A tendência é de que tenhamos líderes que compreendam a liderança menos como uma posição, e mais como um processo”.

Na avaliação do psicanalista Mário Corso, a principal diferença desta juventude é a condução do saber. Eles estabelecem uma relação de igual com seus superiores e o fato de não respeitarem hierarquias, explica, não deve ser compreendido como um desrespeito, e, sim, como “outra maneira de se portar”.

Zilda Knoploch, antropóloga e consultora de marketing, enfatiza que o acesso ao mundo virtual exige dos jovens teenagers “uma necessidade maior de adaptação” à vida real. Apesar de serem multitarefas, eles “ainda não aprenderam como transformar esta hiperexposição embriagante em conhecimento”.

Já Daniel Portillo Serrano, professor das Faculdades Integradas de Bauru – FIB, acredita que a fixação dos jovens pelas tecnologias se justificava muito mais pela novidade do que pela necessidade.

O jornalista Juremir Machado salienta que a internet trouxe muitas facilidades, mas ressalta que “o mundo continua praticamente o mesmo porque a organização da vida vai muito além da tecnologia.

Em outra perspectiva, o psiquiatra José Outeiral argumenta que as tecnologias criam uma “falsa sensação” de relacionamento afetivo entre a juventude e os sites de relacionamentos são utilizados como “uma fuga para as relações periféricas e fugazes.

Por sua vez, a socióloga Solange Rodrigues, do Iser Assessoria, analisa o interesse dos jovens pelas religiões e comenta como as redes se tornam um meio para buscar o sagrado.

Tendo em vista o fechamento da planta industrial da Azaleia na última semana, no município de Parobé, RS, o ex-professor da Unisinos e da UFRGS, Astor Hexsel, analisa o dilema da internacionalização de empresas nacionais e a responsabilidade social.

O sociólogo José Rogério Lopes, ministrante da palestra A imagética da devoção, que ocorre na próxima quinta-feira, 19-05-2011, no IHU, antecipa alguns aspectos de sua apresentação e a analisa as imagens religiosas como suporte ritual de demarcação social.

“Quase tudo como dantes no quartel televisivo do futebol brasileiro”, é o tema do artigo de Anderson David G. dos Santos, mestrando do PPG em Comunicação da Unisinos. Segundo ele, “o poderio da Rede Globo é reafirmado com imbróglio dos direitos de transmissão mesmo com limites estabelecidos pelo Cade”.
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Na raça e na paz Dele,
J. Braga.

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