Quando algo pode proporcionar o Sagrado

Estórias, contos e parábolas tem uma enorme capacidade de transformar em discurso "lógico" algumas dimensões que extrapolam nossa limitada capacidade de percepção, compreensão, elaboração e expressão. Apreender o essencial significado da experiência religiosa não é tarefa simples. De fato, se buscado a partir de uma única linguagem e método, impossível ser alcançado em plenitude. Religiões não são doutrinas lógica e perfeitamente estruturadas, em aparente harmonia. Se assim fosse, não mereceriam atenção maior que qualquer outra filosofia.


O olhar de Jesus que proporciona o Sagrado
A linguagem mitológica, longe de ser confundida com "fantasiosa" traz à fundo experiências inefáveis de/para a humanidade. Através dela, sinergicamente, se unem aspectos múltiplos distinguíveis, mas inseparáveis, pois com intenções recheadas de Sentido. Aspectos esses que normalmente são abordados separadamente, provocando visões precipitadas e reducionistas de tudo e de todos. Acrescente-se: é bom que se compreenda que a experiência religiosa - enquanto integralmente humana - transborda dogmatismos, literalismos, institucionalismos e farisaísmos, ainda que não esteja imune a tudo isso.

Rubem Alves, gênio comunicador da experiência religiosa, costuma dizer que, quando vamos falar às crianças, não temos que "baixar" o nível de nossa linguagem, mas, de fato, elevá-la. Trata-se de falar das coisas mais "complexas" da maneira mais atrativa, divertida e inteligível, à maneira de parábolas, contos e estórias.

Por isso, toda vez que meu filho me perguntar alguma coisa difícil, vou tentar contar uma fabulazinha (:

Na raça e na paz Dele,
J. Braga.

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