Outubro – Mês das Missões: Igreja & Empresas
Quando entramos para trabalhar numa empresa, seja de qual porte for, vamos, pouco a pouco, sendo envolvidos por sua cultura, por sua forma de tocar seus serviços, suas metodologias, suas atividades comuns, seus líderes, seu slogan, sua marca, enfim. Por mais que seu modus operandi nos cause estranhamento – e isso tem a ver com nossa particular experiência e visão de vida – somos naturalmente convidados a assimilar todos esses processos.
A empresa está correta em querer que seus colaboradores pouco a pouco se identifiquem com tudo que faz parte dela. Vale ressaltar, entretanto, que toda essa realidade está condicionada por um referencial prioritário fundamental: a Missão. Se há uma pergunta essencial para qualquer empresa – desde sua origem e em favor de sua perpetuação – é a clareza sobre seus propósitos e responsabilidades existenciais.
Todo ser humano, toda empresa precisa responder: Por que existo? O que me proponho a fazer nessa existência? Para quem? Se partimos do pressuposto de que “somos aquilo que fazemos, não o que pensamos”, as respostas a essas perguntas determinam a verdadeira identidade de pessoas e empresas. Num âmbito empresarial, a missão determina o planejamento das organizações. Num âmbito pessoal, a concretização de uma missão na vida requer a elaboração séria e cuidadosa de um Projeto Pessoal de Vida (PPV). Quando a Missão da empresa não se harmoniza com o Projeto Pessoal de Vida de um colaborador, eis que temos um conflito. E, ao que parece, não há muitas possibilidades de solucioná-lo: ou o colaborador assimila essa Missão da empresa no seu PPV ou, para sua harmonização pessoal e integração da empresa, pede desligamento. Sem traumas, buscando coerência.
É curioso perceber o quanto o meio social laico, em especial o segmento corporativo, soube assimilar de instituições mais antigas, como a Igreja, ensinamentos que favorecessem seus serviços, negócios e interesses. Há séculos é comum a ideia da Missão como norteadora dos passos, metodologias e decisões das congregações religiosas mais antigas. Isso precisa ser um ensinamento para os que convivemos no meio eclesial. O que podemos aprender com as corporações, instituições e figuras diferenciadas do meio social secular? Afinal de contas a Igreja está para evangelizá-los.
Que cada um de nós se perceba enquanto verdadeiro missionário, pois também discípulo de Jesus Cristo. Que sejamos efetivos evangelizadores nos mais diversos e até inóspitos ambientes. Que o Espírito Santo nos dê a sabedoria, inspiração e maneira apropriadas para fazer a diferença positiva em todos os espaços em que estejamos. E que comecemos em nossa casa, em nossa família. Amém.
Na raça e na paz Dele,
J. Braga.
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