Não existe educação neutra II

A ideia central da minha colocação é: não existe educação neutra. Ou imparcial. Nem deveria existir mesmo. No discurso é algo inteligível, na prática, algo impossível.

Qualquer que seja o professor, por mais cuidadoso que tente ser, não vai conseguir abster-se totalmente - na hora de seu discurso - de suas estruturas de compreensão do mundo, projetos de vida, de família, de sociedade e de humanidade, pois daí decorre(m) a(s) mais mínima(s) ideologia(s) que seja(m).

A juventude espera educadores que lhe sejam próximos. E como ser próximo do jovem se não mostro quem sou, inclusive com minhas opções ideológicas? Um educador que faça pose de neutro é rapidamente neutralizado no meio deles. Como se diz em minha terra: nem fede, nem cheira. Jovem não gosta de gente "sem opinião própria", segundo eles mesmos dizem. 

Educador, seja dos que enxergam o mundo "vermelho" ou "azul", mas seja! Se por razões profissionais é delicado a explicitação de opções partidárias, algo compreensível, ao menos parta do pressuposto de que a Juventude não é tonta. Eles vão saber do que você está falando. Sempre!

Na raça e na paz Dele,

J. Braga.

Comentários

Postagens mais visitadas